Entre eventos oficiais e paralelos, a COP30, conferência da ONU sobre mudanças climáticas, sediada em Belém entre 10 e 21 de novembro, foi a vitrine ideal para falar, dentre tantos assuntos, sobre descarbonização na indústria automotiva. Dias atrás, falei neste espaço de um protótipo de um Toyota Prius com propulsão híbrida plug-in flex, exibido na Casa do Seguro na COP, prometendo até 90% de redução de emissões. E na Agrizone, espaço do agronegócio na COP30, localizada na sede da Embrapa Amazônia Oriental, a japonesa exibiu uma unidade da Tacoma, com propulsão híbrida flex. Quais os propósitos da picape usada como
show car?
"Neste carro, o que nos interessa é o powertrain. Assim como aconteceu com o Prius, que gerou Corolla, Corolla Cross e, agora, Yaris Cross híbridos flex, agora é com o mercado de picapes, trabalhando com um powertrain interessante e robusto, que veio híbrido, mas acrescendo o sistema flex. Está sendo abastecido com 100% de etanol, de modo a identificarmos os pontos e fazermos os ajustes", frisa César Okabe, analista de relações públicas da Toyota.
"Não se sabe quando vem, e qual sua autonomia; porém, o desejo do público é grande, principalmente no setor agropecuário, que visa reduzir a pegada de carbono. Tomando como base os híbridos hoje existentes, o ganho energético é relevante, dependendo da sua condução. Com este veículo, o potencial de descarbonização é de até 70%", conclui o especialista.
A unidade da Toyota Tacoma exibida na Agrizone é da versão Limited, e tem como propulsor um 2.4 turbo i-FORCE MAX Hybrid, de 326 cv/64,3 kgfm, mais tração integral e câmbio de oito marchas. Entre os principais recursos, estão central multimídia de 14", pacote ADAS Toyota Safety Sense 3.0, bancos elétricos com ventilação, aquecimento e revestimento em SofTex, rodas aro 18 e capacidade de reboque de até 2.700 kg.
Outro destaque no stand da Toyota foi para a Hilux a biometano, subproduto da cadeia do etanol e uma alternativa ao diesel, emitindo 90% menos CO2.
