por Guilherme Sousa
No mercado de SUVs, são vários os tamanhos e estilos. Um dos mais cheios de atitude, personalidade e ousadia é o dos SUVs cupês, que antes era restrito aos modelos de marcas premium, mas começou a se massificar no Brasil a partir de 2020, com o VW Nivus. A Stellantis, por sua vez, queria um para chamar de seu. Até que, em 2022, veio o Fiat Fastback, e não contente, criou um “mais popular ainda” no ano passado: o Citroën Basalt, modelo este que parou na garagem do Ver-o-Carro.
Por um período de sete dias de junho de 2025, avaliamos a versão topo de linha Shine, numa deferência feita pela comunicação da Stellantis (muito obrigado, Carolina Alves, Tatiana Carvalho, Fabrício Biondo e Stephanie Cristine), com o apoio da concessionária Revemar (obrigado por tudo, Karen). Feito sob a plataforma C-Cubed, na qual gerou outros modelos Citroën, o Basalt possui a mesma dianteira vista no Aircross, marcada pelos faróis diurnos com assinatura em forma de “Y” e lanternas traseiras próprias. O caimento cupê na traseira entrega elegância ao automóvel, mas mesmo assim, o espaço para cabeça no banco traseiro é demasiado satisfatório. Tudo bem distribuído em 4,34 m de comprimento, 1,82 m de largura, 1,58 m de altura e formidáveis 2,64 m de entre-eixos.
Nesta versão mais cara, o motor é um velho conhecido de outros modelos do conglomerado: um Firefly 1.0 turboflex T200, de 130 cv/20,4 kgfm máximos, em associação a um câmbio automático CVT de sete marchas simuladas; se precisar de uma pegada esportiva, acione o botão do modo Sport posto à esquerda por detrás do volante. Em nosso teste, o conjunto mecânico muito impressionou pela economia de combustível, chegando a fazer pico de 13,1 km/l em trecho misto, ou seja, na cidade e na estrada. E é ágil na resposta ao acelerador (e nos freios também).
Olhando para a lista de itens de série, o Basalt Shine entrega trio elétrico, painel digital colorido de 7”, multimídia de 10,25” com pareamento Android Auto e Apple CarPlay sem fio, portas USB para recarga de celular na traseira, ar-condicionado digital, bancos revestidos em material sintético, rodas aro 16 diamantadas, faróis de neblina, sensor e câmera de ré, entre outros. Se quiser levar bagagens, o carro dispõe de porta-malas de cavernosos 490 litros. Outro detalhe estético a se mencionar a unidade testada é o teto pintado de preto, item opcional.
Apesar de simplório, o acabamento interno, que é predominantemente constituído em plástico rígido, teve boa montagem. Neste convívio de sete dias com o modelo Citroën, ainda pude desfrutar de um bom conforto a bordo, extensível aos demais ocupantes, que não passaram aperto no seu interior espaçoso. Meu único senão deixo para a câmera de ré, que recebi com danos provocados por outros que passaram no volante deste exemplar. Mas nem fez falta, pois o sensor de ré conseguiu me ajudar nas manobras de estacionamento.
CONCLUSÃO
Encerro esta avaliação APROVANDO o Citroën Basalt Shine T200, mas bem que eu queria um tempinho a mais com ele, por tê-lo amado demais. Custando R$ 122.100 sugeridos pela marca, sempre tem ofertas nas concessionárias com descontos generosos, o que se reflete nas vendas (até julho, de acordo com a FENABRAVE, foram emplacadas 11.630 unidades, sendo o Citroën mais vendido do país). Não há dúvidas que o Basalt caiu no gosto do público, e do meu também, sendo a opção certa para quem pretende ter um SUV cupê sem pagar muito.
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FICHA TÉCNICA – CITROËN BASALT SHINE 1.0 T200
Motor: Firefly 1.0 turbo
Potência: 130 cv
Torque: 20,4 kgfm (200 Nm)
Câmbio: Automático CVT de sete marchas
Combustível: Gasolina/etanol
Consumo: 13,1 km/l
0-100 km/h: 9,7 s
Velocidade máxima: 199 km/h
Tração: Dianteira
Direção: Elétrica
Suspensão dianteira: Independente, McPherson com barra estabilizadora e stop hidráulico
Suspensão traseira: Dependente, com eixo de torção e stop hidráulico
Comprimento: 4,34 m
Largura: 1,82 m
Altura: 1,58 m
Distância entre-eixos: 2,64 m
Volume do porta-malas: 490 litros
Rodas: 7,5’x16” – liga-leve
Pneus: 205/65 R16
Capacidade de carga: 400 kg
REVISÕES*
10.000 km: R$ 729,00
20.000 km: R$ 729,00
30.000 km: R$ 729,00
40.000 km: R$ 878,00
50.000 km: R$ 729,00
60.000 km: n/d
*Preços fixos sugeridos pela montadora, com intervalos de um ano ou 10.000 km para cada revisão, o que ocorrer primeiro.