TESTE: Peugeot 2008 revoluciona em todos os sentidos com a nova geração

por Guilherme Sousa
Realizando uma pesquisa pelo Gemini, assistente de inteligência artificial do Google, encontro que SUV é “a sigla dada para ‘Sport Utility Vehicle’ ou ‘veículo utilitário esportivo’, e refere-se a uma classe de veículos que se caracteriza por sua altura elevada e design robusto, combinando elementos de um carro familiar com a capacidade de enfrentar diferentes tipos de terreno.” Para nós, do ramo, é uma definição mais que óbvia. No atual contexto automobilístico, todas as marcas de carros possuem SUVs para chamarem de seus, com as mais variadas vocações, seja para o asfalto ou para a terra. Uma que não foge à regra é a Peugeot.
 
Quem esteve no crivo avaliativo do Ver-o-Carro, por um período de sete dias de março de 2025 e 904 quilômetros rodados, foi o novo 2008, na versão topo de linha GT, numa concessão feita pela equipe de comunicação da Stellantis (muito obrigado, Carolina Alves, Tatiana Carvalho, Fabrício Biondo e Stephanie Cristine), com o apoio da concessionária Revemar (obrigado, Karen). Não dá para negar que o visual do modelo bebe bastante da fonte do hatch 208, aqui manifestado pelos faróis diurnos de LED em forma de garras de leão, substituindo o dente de sabre de antes, grade frontal com elementos diamantados tridimensionais, régua vertical em preto brilhante com o nome Peugeot (em nova grafia) na traseira, que une as lanternas de LED também tridimensionais, e rodas de liga-leve diamantadas de 17 polegadas, cujo desenho remete a uma aranha. Pudera: tanto o 208 quanto o 2008 são oriundos da plataforma CMP.
 
Tal qual o Citroën Aircross avaliado no final de janeiro, o novo Peugeot 2008 tem sua propulsão realizada pelo motor Firefly 1.0 T200, que desenvolve 130 cavalos de potência e 20,4 kgfm (200 Nm) de torque. Desse modo, sai da inércia aos 100 km/h em 9,7 segundos, e conta com o auxílio do câmbio automático do tipo CVT de sete marchas simuladas, e um modo Sport de condução posicionado atrás do volante, do lado esquerdo. Durante o convívio, a média de consumo foi de 9,2 km/l, em circuito misto, maior que os 9,4 do Aircross. Segundo a Stellantis, acelera de 0 a 100 km/h em 10,3 segundos, enquanto a velocidade máxima chega a 194 km/h.
  
Na lista dos itens de série, o Peugeot 2008 GT traz painel de instrumentos digital de 10 polegadas, central multimídia de 10,3 polegadas com interface diferente da do 208, conexões Android Auto e Apple CarPlay sem cabos, ar-condicionado digital, revestimento de couro nos bancos, pintura contrastante no teto, quatro tomadas USB espalhadas pelo interior, costuras de volante, painéis e bancos na cor verde, soleiras de alumínio com o nome Peugeot, pedaleiras metálicas, tapetes com GT bordado, teto solar panorâmico, sensores crepuscular e de chuva, freio de estacionamento elétrico, rebatimento elétrico dos retrovisores, alguns itens de segurança ativa e passiva, entre outros. Seu interior é o mesmo do 208, mas é mais refinado, e ainda tem o diferencial de possuir partes com acabamento que imita fibra de carbono, dando um ar mais esportivo ao carro.
  
Convivendo com o modelo, ele demonstrou possuir uma dirigibilidade marcante, por se segurar nas curvas, enquanto que a suspensão trabalhou bem na buraqueira diária das nossas ruas, graças à tropicalização feita pela engenharia da Stellantis. Ao menor toque, sua direção foi precisa. Medindo 4,30 m de comprimento, 1,77m de largura e 1,54 m de altura, cabe em qualquer vaga de estacionamento. Mas os 2,61 m de entre-eixos garantem bom espaço interno aos ocupantes, ainda que precise fazer um contorcionismo para ter acesso aos bancos traseiros. E mais: conta com um diferencial que o 208 GT não tem: abertura elétrica do teto solar, na qual aproveitei bastante nas oportunidades que não quis abrir a janela.
Embora a Peugeot trate o novo 2008 como sua maior vitrine tecnológica dentre todos seus automóveis à venda no Brasil, é totalmente inconcebível que o modelo, com esta aura, possuir regulagem dos bancos dianteiros feita por alavanca, e não eletricamente. É algo bastante anômalo, ainda mais que seus concorrentes entre os SUVs compactos possuem regulagem elétrica, mesmo que apenas para o banco do motorista. Falta também piloto automático adaptativo, e embora a versão GT, aqui testada, possuir seis airbags, não existem as bolsas adicionais nas opções mais em conta. Aconselho a Stellantis a incluí-los na lista dos equipamentos mandatórios.

CONCLUSÃO
Versão top de linha, o Peugeot 2008 GT despediu-se APROVADO da avaliação do Ver-o-Carro. Atualmente custando sugeridos R$ 175.990,00, na bela cor Cinza Selenium, é aquele SUV urbano que vai te encantar pela excelente dirigibilidade, estabilidade, conforto a bordo e muito mais, sem fazer feio na estrada. Vai ao encontro daquela definição de SUV usada na abertura desta avaliação, por agregar as qualidades elencadas, e certamente está pronto para todos os terrenos.
  
  
  

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FICHA TÉCNICA – PEUGEOT 2008 GT 1.0 T200
Motor: Firefly 1.0 turbo
Potência: 130 cv
Torque: 20,4 kgfm (200 Nm)
Câmbio: Automático CVT de sete marchas
Combustível: Gasolina/etanol
Consumo: 9,2 km/l
0-100 km/h: 10,3 segundos
Velocidade máxima: 194 km/h
Tração: Dianteira
Direção: Elétrica
Suspensão dianteira: Independente, McPherson com mola helicoidal
Suspensão traseira: Por eixo de torção com mola helicoidal
Comprimento: 4,30 m
Largura: 1,77 m
Altura: 1,54 m
Distância entre-eixos: 2,61 m
Volume do porta-malas: 419 litros
Rodas: 7,5” x 17” – liga-leve
Pneus: 215/60 R17
Peso do veículo (em ordem de marcha): 1.272 kg
Capacidade de carga: N/D

REVISÕES*
10.000 km: R$ 702,00
20.000 km: R$ 702,00
30.000 km: R$ 918,00
40.000 km: R$ 702,00
50.000 km: R$ 702,00
60.000 km: R$ 1.626,00

*Preços fixos sugeridos pela montadora, com intervalos de um ano ou 10.000 km para cada revisão, o que ocorrer primeiro.