Ao falar de descarbonização no setor automotivo, muitos logo associam o tema a eletrificação. Outros, apontam para a utilização de combustíveis renováveis, como o etanol, criação nacional de 50 anos atrás. Mas por que não unir os dois e potencializar as reduções nas emissões de poluentes? É o que a Toyota propõe, ao expor num dos eventos paralelos à COP-30, em Belém, um protótipo do Prius, com tecnologia híbrida plug-in flex.
"Consegue-se descarbonizar até 90% das emissões de CO2, comparado a um veículo convencional abastecido com gasolina. Essa é uma vantagem que o Brasil tem: plantar combustível, conseguindo fazer uma descarbonização imediata, por termos o combustível disponível nos postos, e que ajuda a acelerar o processo de redução de carbono", pontua Cesar Okabe, analista de relações públicas da Toyota. "O etanol tem um ciclo virtuoso da fotossíntese, que quando plantado, absorve o CO2 da atmosfera, e observando do poço à roda, é uma vantagem do Brasil, diferente do visto no exterior", conclui o executivo.
Este exemplar, que roda o país como um show car da Toyota na promoção de tecnologias sustentáveis, conta com um motor 2.0 aspirado, inteiramente novo, da mesma família do usado no Corolla atual, com 152 cv/19,4 kgfm de torque, e que associado a um elétrico de 163 cv, alcança os 223 cv de potência combinada. De acordo com a marca, a bateria de lítio que alimenta o propulsor elétrico tem capacidade de 13,6 kWh, o que significa que roda cerca de 70 km silenciosamente.
Outra inovação presente neste Prius híbrido plug-in flex é a presença de placas fotovoltaicas no teto, facilmente confundidas com um teto panorâmico. Sendo uma inovação da Toyota, o item consegue gerar de 3 a 4 kW de potência para a bateria e para a climatização do carro.
Até o momento, a Toyota não possui intenção de comercializar a propulsão em algum dos seus carros vendidos no Brasil, mas como dito anteriormente, reflete uma estratégia “multipathway”, que explora novas matrizes de energia em busca da descarbonização máxima, ou completa.